Mogi registra a menor taxa de mortalidade Infantil da história. Índice é semelhante ao de países do 1º mundo

Secretaria de Saúde

19 de fevereiro de 2018
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A taxa de Mortalidade Infantil de Mogi das Cruzes em 2017 foi de 9,48 por 1 mil nascidos vivos, o menor índice registrado desde 2000. O levantamento preliminar foi apresentado nesta segunda-feira (19/02) pela secretária adjunta de Saúde e presidente do Comitê Municipal de Investigação de Morte Materna a Infantil, Rosângela Cunha, na Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes.

Em 2017, o município registrou 6.331 nascidos vivos, dos quais 60 foram a óbito antes de completarem um ano, o que resultou no índice de 9,48. Em 2016, foram registrados 75 óbitos entre 6.521 nascidos vivos, finalizando o índice de 11,5. "É muito importante gerenciarmos as informações para tomarmos novas decisões e melhorarmos tudo o que for possível. Hoje é um dia especial, de agradecermos e parabenizarmos a equipe pelo sucesso alcançado. Este índice que alcançamos é semelhante ao de países do primeiro mundo", afirmou o prefeito Marcus Melo.  

A redução é resultado de melhorias no sistema de saúde e de serviços públicos, além do amplo incentivo ao aleitamento materno e da qualificação do pré-natal. Entre as ações destacadas para a redução da Mortalidade Infantil em Mogi das Cruzes estão a capacitação profissional sobre pré-natal; implementação e ampliação das ações do Ambulatório de Recém-Nascidos de Alto Risco; implantação de testes rápidos para Sífilis, HIV e Hepatites em toda a Rede Básica; Captação Precoce de Gestantes e implantação de indicadores municipais com monitoramento e auditoria das ações executadas pelo Grupo Condutor Municipal da Rede Cegonha. "Alcançarmos um dígito era um sonho de consumo. Agora, resta mantermos esse padrão e cuidarmos para que as taxas futuras se mantenham nesse mesmo padrão", comemorou a presidente do Comitê Regional de Investigação do Óbito Materno e Infantil, Amália Santos."Mogi das Cruzes está de parabéns pelo resultado alcançado, que certamente reflitirá no desempenho de toda a região do Alto Tietê".

Outra importante iniciativa é o monitoramento e a busca ativa de novos casos de sífilis em gestantes pelo Programa Alô Mãe Mogiana. O Alô Mãe Mogiana foi implantado em 2014 com objetivo de inicial de acompanhar as gestantes de alto risco, mas, desde o ano passado, presta atendimento também para gestantes de baixo risco devido à boa cobertura garantida para o alto risco em toda a Rede SIS – Sistema Integrado de Saúde. O trabalho é realizado por enfermeiras especializadas em obstetrícia que realizam acompanhamento telefônico das gestantes durante todo o ciclo da gestação.

Outras ações citadas  foram a capacitação de profissionais da Santa Casa sobre Aleitamento Materno e testes rápidos de Sífilis, HIV e Hepatites; Avanços do Banco de Leite e distribuição de leite para bebês da UTI Neonatal da Santa Casa; Capacitação sobre aleitamento materno para equipe das creches municipais e subvencionadas; Ampliação da Oferta de Exames de Ultrassonografia; Implantação do Laboratório Municipal com resultados rápidos e alta qualidade (Albert Einstein); Prioridade para Gestantes na realização de exames de análises clínicas. 

Analisados isoladamente, os dados da Santa Casa merecem ainda mais destaque. Em 2017, foram registrados 4.146 nascimentos e 21 óbitos, o que resultou num índice de 5,06 por 1 mil nascidos vivos. "A Santa Casa tem que agradecer porque estes números são resultado de um trabalho em conjunto. Ficamos muito felizes porque existe uma equipe interna e externa que tem cuidado com zelo e carinho do nosso hospital. Com certeza, a Santa Casa de Mogi das Cruzes possui a melhor equipe de maternidade e UTI Neonatal", avalia o provedor. 

Entre ações futuras, que devem continuar mantendo a qualidade do atendimento às gestantes e recém-nascidos, estão a criação do Polo Regional de Vacinação Palivizumabe (específica para recém-nascidos de alto risco) e treinamento de equipe para aplicação da dose; capacitação sobre Hipertensão Gestacional para médicos e atualização do protocolo de atendimento; instalação de uma Sala de Amamentação no prédio da PMMC; e a contratação de novos Ginecologistas e Obstetras por concurso público da Prefeitura de Mogi das Cruzes.

A implantação da Maternidade de Mogi das Cruzes, em Braz Cubas, deve completar essa lista de melhorias, com a construção de uma unidade totalmente projetada para oferecer atendimento humanizado e qualificado. “Antes disso, devemos ter também a ampliação da Maternidade da Santa Casa, projeto já apresentado do Governo do Estado para garantir atendimento de qualidade num curto prazo”, explicou o prefeito. O projeto apresentado prevê a ampliação de 38 para 54 leitos obstétricos e de 9 para 19 leitos de UTI Neonatal.