Prefeitos do Alto Tietê assinam protocolo de intenções na área de resíduos sólidos

Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal

20 de junho de 2017
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Os prefeitos da região assinaram nesta terça-feira (20/06) pela manhã, no auditório da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), um protocolo de intenções de cooperação na área de destinação de resíduos sólidos. O objetivo é de que, no prazo de um ano, o Alto Tietê tenha elaborado um plano regional de gestão para o setor. O ato ocorreu durante o 1º Fórum de Resíduos Sólidos do Alto Tietê, organizado pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), a partir de uma iniciativa da Câmara Técnica de Gestão Ambiental, que reúne gestores das 11 cidades consorciadas.

“A questão dos resíduos sólidos é um desafio de todos e estamos aqui hoje para aprofundar essa discussão, ouvindo os técnicos, que conhecem o assunto, e buscando uma atuação conjunta para encontrar alternativas nesta área”, disse o prefeito mogiano Marcus Melo, que participou da mesa ao lado dos colegas Adriano Leite (prefeito de Guararema e presidente do Condemat), Flávia Porto (Santa Isabel), Vanderlon Gomes (Salesópolis), José Luiz Monteiro (Arujá) e Rodrigo Ashiuchi (Suzano). A mesa teve ainda as presenças do secretário de Estado do Meio Ambiente em exercício, Antônio Velloso Carneiro; e do promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), Ricardo Manoel de Castro; entre outras autoridades.

Melo lembrou que Mogi das Cruzes tem realizado ações para aumentar a coleta seletiva e, com isso, reduzir a produção de lixo. Implantado em 2013, o Programa Recicla Mogi dividiu a cidade em 12 regiões e percorre cada uma delas duas vezes por semana, recolhendo o material separado entre lixo úmido (restos de comida, por exemplo) e seco (metal, vidro, plástico e papel). A ação é fruto de uma parceria com a cidade japonesa de Toyama, que é referência mundial no assunto. Em quatro anos, Mogi passou de 0,5% para 6% de coleta de lixo, com a meta de chegar a 10%.

Após a coleta nos bairros, o veículo destina o lixo para a Usina de Triagem da Vila São Francisco, onde trabalham os catadores. A cooperativa Cata-Sampa, uma das maiores do país e com conhecimento específico na área, coordena o trabalho realizado no local. A usina conta com boa estrutura, com esteira para separação do material, e a Cata-Sampa gerencia todo o processo. O programa promove inclusão social e geração de renda, além de respeito ao meio ambiente. Atualmente, 30 catadores trabalham na usina.

O Fórum teve quatro painéis, sendo dois no período da manhã (Coleta Seletiva e Logística Reversa) e dois no período da tarde (Resíduos da Construção Civil e Plano Regional de Resíduos). O debate teve a participação de de representantes da Associação Nacional de Catadores (Ancat), Instituto de Energia e Ambiente (IEE), Ministério Público, FecomércioSP, Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). (Marco Aurélio Sobreiro)