Programa de Nascentes capacita estagiários de Biologia no Parque Municipal

Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal

05 de agosto de 2020
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Acessibilidade

A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente concluiu o programa da capacitação dos estagiários do curso de Biologia da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Eles vão trabalhar ao lados dos técnicos da pasta como guias nas trilhas do Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello “Chiquinho Veríssimo” e atuar na educação ambiental com o foco voltado para a preservação das nascentes. Vale lembrar que atualmente tanto o Parque Municipal como o Núcleo de Educação Ambiental da Ilha Marabá estão funcionando mediante agendamento de visitas – o que pode ser feito pelo telefone 4798-5959.

O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Daniel Teixeira de Lima, explica que a parceria com a UMC tem sido muito importante, pois proporciona o aprendizado prático da profissão aos estudantes e, ao mesmo tempo, garante um grupo de estágiarios com ótima formação à pasta: “Os estagiários cumprem várias atribuições aqui na secretaria e é uma experiência muito rica, pois nós passamos a contar com jovens entusiasmados e com vontade de aprender. Eles acumulam experiência rapidamente, pois lidam com situações que viverão em suas carreiras profissionais”, observa. Já o diretor André Miragaia acrescenta que o trabalho faz parte das ações do Grupo de Trabalho que vai elaborar o Programa Municipal de Educação Ambiental. 

A capacitação incluiu a apresentação das trilhas do parque, o histórico e a visita à Nascente Modelo - localizada na trilha da Canela Branca. A Nascente Modelo é uma das seis nascentes conhecidas do parque e foi a escolhida para representar os cursos d'água do parque por conta da sua fácil localização. Ao lado de técnicos da Secretaria do Verde, as estagiárias Gabriela Rodrigues e Raquel do Prado, que já atuam na pasta, ajudaram na capacitação de outros dez novos estágiários.

A Nascente Modelo tem sido um dos pontos mais visitados e que despertam grande curiosidade dos frequentadores – muitos nunca viram uma nascente antes. As visitas agendadas ao parque incluem a visitação à nascente e, nela, os visitantes podem também experimentar a água limpa. 

A visita à nascente é simbólica e mostra a relevância desses cursos d'água para a sobrevivência de manaciais, entre eles o do rio Tietê, e é um dos pontos altos da visitação ao Parque Municipal. O diretor André Miragaia destaca a riqueza do parque e sua biodiversidade: “Os visitantes, quando se deparam com a nascente e os vários cursos d'água que cortam o parque, conseguem associar e entender o grau de importância da Serra do Itapeti e do Parque Municipal como provedores da água, que abastecem tanto o município de Mogi das Cruzes quanto os demais municípios por onde passa a rio Tietê”, diz.

História

O Parque Municipal foi criado no dia 26 de novembro de 1970, pela Lei Municipal nº 1.955/1970, e tinha por finalidade atender a população local, proporcionando recreação e divertimento, caracerizando-se como parque urbano. Foi aberto à visitação em 1971 e por muitos anos consolidou-se como uma importante opção de lazer para cidadãos de Mogi das Cruzes e região. 

Entre 1971 a 1986, o número de visitantes excedeu a capacidade da infraestrutura existente, resultando em depredações de árvores, contaminação de cursos d’água e acúmulo de lixo. Na década de 90, o parque deixou de receber público como espaço de lazer urbano e passou a ser utilizado como núcleo de educação ambiental – o que ocorre até hoje.

Em 20 de dezembro de 2008, por meio da Lei Municipal nº 6.220, o espaço recebeu a denominação de Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello - Chiquinho Veríssimo. O local possui área de 352,3 hectares e altitudes que variam de 800 a 1.150 metros. Foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1994, como parte integrante da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo. Também faz parte da Serra do Itapeti, que em 2018 foi reconhecida como Área de Proteção Ambiental (APA) pelo Governo do Estado. (Marco Aurélio Sobreiro)