Com Usina de Triagem fechada, material reciclável deve ir para o lixo normal. Catadores recebem apoio

Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal

08 de abril de 2020
Secretário Daniel Teixeira, ao lado dos diretores André Miragaia e Patricia Cesare, durante teleconferência com catadores de material reciclável (Divulgação/SVMA)

Como parte das ações de combate à pandemia do novo Coronavírus, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente definiu um conjunto de medidas na área de coleta de resíduos sólidos que estão valendo desde o dia 21 de março. A Usina de Triagem da Vila São Francisco, que faz parte do Programa Recicla + Mogi e onde os cooperados da Cata Sampa fazem a separação dos materiais, deixou de operar por conta do risco de contaminação e da necessidade de se evitarem aglomerações. Mas a coleta de lixo continua normalmente e os resíduos recicláveis devem ser incorporados ao lixo normal. Todo o material é enviado ao aterro sanitário de Jambeiro. Além disso, os ecopontos de Mogi das Cruzes estão abertos para o recebimento de materiais recicláveis. Os catadores da Cata Sampa foram deslocados para os ecopontos e recebem um valor fixo por mês, como parte do contrato com a Prefeitura, independentemente do volume de material que passou por triagem.

“É uma medida para preservar a saúde dos catadores que fazem a separação dos materiais na Usina de Triagem da Vila São Francisco. É difícil determinar que os materiais recicláveis sejam descartados como lixo comum, afinal a reciclagem é uma prática nobre e em defesa da natureza, mas neste momento é uma decisão que precisa ser tomada em nome da saúde pública. De qualquer forma, os catadores estão amparados e recebendo esse valor mensal, pois o contrato com a Cata Sampa foi pensado assim desde o início. É uma relação de prestação de serviços que se preocupa com eles”, explica o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Daniel Teixeira de Lima. Mogi das Cruzes recicla cerca de 5% do lixo produzido.

Os três ecopontos de Mogi das Cruzes continuam funcionando normalmente, de domingo a domingo, das 8h às 18h. Eles estão instalados no Jardim Armênia, Parque Olímpico e Jundiapeba. Os ecopontos recebem pneus, entulho de construção, madeira, móveis usados e eletrônicos, mas atendem apenas os cidadãos, com limite de um metro cúbico por pessoa – as empresas são responsáveis pela destinação de seus resíduos. Os catadores da Cata Sampa Os funcionários que trabalham no local usam máscaras e luvas e, além disso, todo o material é esterilizado com uma mistura de água sanitária dissolvida em água.

O secretário percorre pessoalmente os ecopontos para orientar os funcionários: “É importante reforçar as informações, para que elas cheguem de forma correta às pessoas. A coleta de lixo na cidade está normal, somente a Usina de Triagem teve as atividades interrompidas e os ecopontos abrem normalmente”, salientou. Além disso, nesse período a Usina de Triagem está sendo reestruturado em parceria com os catadores.

Parques fechados

Os Parques Centenário e Leon Feffer estão fechados desde o dia 21 de março, como mais uma medida para reduzir a circulação de pessoas na cidade e, consequentemente, diminuir os riscos de contaminação pelo novo Coronavírus. A suspensão do funcionamento é por tempo indeterminado. O Viveiro de Mudas, localizado no Parque Leon Feffer, também está fechado, assim como a distribuição de mudas ao público. Da mesma forma, o Parque Municipal Chiquinho Veríssimo, o Parque da Cidade e a Ilha Marabá tiveram o funcionamento interrompido por tempo indeterminado. (Marco Aurélio Sobreiro)