Máscaras adaptadas são adotadas com sucesso no Hospital Municipal

Secretaria de Saúde

22 de junho de 2020
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O Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, que mantém o Centro de Referência do Coronavírus, recebeu 48 máscaras de mergulho adaptadas para o tratamento respiratório de pacientes com a Covid-19. As peças foram desenvolvidas pela equipe técnica da Secretaria de Saúde do município e servem para melhorar os sintomas dos pacientes e aumentar a proteção dos profissionais. As máscaras foram doadas pela Decathlon e a adaptação contou com apoio da empresa GMP Marcatto.

O método é inspirado em uma técnica utilizada em recém-nascidos há 50 anos, chamada Continuous Positive Airway Pressure - CPAP, que quer dizer, pressão positiva contínua das vias aéreas. O secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel, adaptou esta técnica à que foi utilizada recentemente na Itália, quando utilizaram as máscaras de mergulho, mas acopladas a ventiladores.

Pelo que foi desenvolvido aqui, dispensa o uso de ventiladores e usa apenas um frasco de drenagem de tórax, de baixíssimo custo, que oferece resistência ao ar expirado. “É como andar de moto com a boca aberta: quando você inspira, a entrada de ar é facilitada e quando você expira, a saída do ar é dificultada. Assim essa pressão ajuda a manter os alvéolos pulmonares abertos, facilitando a oxigenação”, explica Naufel.

O quanto de oxigênio a ser ofertado também pode ser ajustado à necessidade do paciente, sem uso de aparelhos. “É um método muito simples e tem sido eficaz. Não substitui a ventilação mecânica aos que precisam, mas diminui a chance do paciente ter que vir a utilizar a ventilação mecânica”, acrescenta o secretário. 

Com o envolvimento da equipe multiprofissional composta de médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e engenheiro clínico, além do apoio e incentivo dos gestores, a nova forma de assistência já apresenta resultados promissores. “Trata-se de um recurso utilizado com segurança e técnicas adequadas que tem evidenciado a melhora do quadro dos pacientes e evitando a evolução de uma piora clínica que o levasse a precisar respirar através de um ventilador artificial”, completa a diretora geral do Hospital Municipal, Heloisa Calderon Nascimento.