Mogi das Cruzes dá o ponta pé inicial no Programa de Gerenciamento de Sangue do Paciente

Secretaria de Saúde

07 de março de 2024
Primeiro encontro foi coordenado pela secretária adjunta de Saúde, Rosângela Cunha


A Secretaria Municipal de Saúde está implementando o Programa de Gerenciamento de Sangue do Paciente, o PBM - Patient Blood Management, no Hospital Municipal de Mogi das Cruzes. O primeiro encontro foi realizado na terça-feira (05/03) e reuniu coordenadores, médicos, enfermeiros e demais profissionais do HMMC, UPAs – Unidades de Pronto Atendimento 24 horas e Atenção Primária. 

O encontro, coordenado pela secretária adjunta de Saúde, Rosângela Cunha, abordou dois temas importantes. O primeiro foi “Gerenciamento do Sangue do Paciente: Evidências Científicas, Aspectos Econômicos e Educação Médica”, desenvolvido pelo médico Carlos Eduardo Panfilio, docente dos cursos da Escola de Saúde da Universidade de São Caetano do Sul e pós-doutorando pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp. Na sequência, o membro da Comissão de Ligações com Hospitais (Colih), Erik Dias de Melo, falou sobre o “Tratamento Médico de Testemunha de Jeová – Uma Abordagem Colaborativa. 

O objetivo do Programa de Gerenciamento de Sangue do Paciente é buscar alternativas clínicas às transfusões de sangue, por meio de um conjunto de opções terapêuticas e em sintonia com evidências científicas modernas. As transfusões de sangue representam alto custo para o sistema de saúde e o PBM mostra uma significativa economia desses recursos. Há também a perspectiva de cada vez mais escassez nos bancos de sangue por conta do envelhecimento populacional.  Além disso, estudos recentes mostram que o efeito imunomodulatório da transfusão de sangue está significativamente associado ao aumento de chance de infecção, tempo de internação, morbidade e mortalidade.

“O PBM consiste na combinação de medicamentos, equipamentos ou técnicas cirúrgicas capazes de aumentar a formação de células sanguíneas, controlar perdas de sangue e prevenir ou aumentar a tolerância à anemia”, explica a secretária. O Programa mostra que o uso racional de transfusões de sangue vai além de questões religiosas ou culturais, contribuindo para reduzir riscos e promover altas mais rápidas. 

COLIH

A COLIH é uma comissão internacional que trabalha promovendo a interligação com os hospitais e fornecendo ajuda no estabelecimento da relação médico-pacientes Testemunhas de Jeová, já que esta comunidade religiosa não aceita transfusão de sangue alogênico (doado por outras pessoas). A comissão é formada por pessoas da própria comunidade capacitadas para interagir com médicos e demais profissionais de saúde em hospitais ou membros do judiciário.