Fundo Social
A presidente do Fundo Social de Mogi das Cruzes, Maira Cusatis, recebeu nesta sexta-feira (05/12) uma doação especial realizada pelas alunas da UNICAFISIO, do Rodeio. Ao todo, foram entregues 800 peças de artesanato e 172 brinquedos de pano, todos confeccionados pelas idosas atendidas pela Unidade de Fisioterapia e Reabilitação.
Maira Cusatis visitou a estrutura, conversou com as alunas e conheceu de perto o trabalho desenvolvido. A UNICAFISIO mantém parceria contínua com o Fundo Social, realizando entregas semestrais de peças artesanais e apoiando campanhas e ações.
A presidente do Fundo Social destacou o impacto social da iniciativa.
“É emocionante ver o talento, o carinho e a dedicação. Cada peça entregue carrega amor e propósito. Essa parceria fortalece o cuidado com nossos idosos e transforma solidariedade em ação concreta para quem mais precisa”, avalia Maira.
A coordenadora da unidade, Joelma Arnold, explica que o espaço é voltado ao atendimento de idosos acima de 60 anos, com foco na reabilitação e promoção da saúde por meio de atividades diversificadas.
“A escola de artesanato é uma parceria importante para a reabilitação motora fina dos idosos. Semestralmente, eles produzem diferentes peças e brinquedos, destinados ao Fundo Social. Essa iniciativa motiva os idosos, pois eles sabem que seu trabalho leva amor e ajuda a quem precisa. O projeto ressalta a capacidade, independência e o valor social dos idosos, demonstrando que eles são capazes de realizar tarefas significativas”, afirma Joelma.
Há nove anos à frente das oficinas de crochê, tricô, bordado, teares, pintura e técnicas com materiais recicláveis, a artesã Solange Cardoso reforça o impacto emocional, terapêutico e social do artesanato. “Muitos participantes chegam apenas para socializar, mas descobrem capacidades que nem imaginavam ter. Em 30 ou 40 dias, tornam-se artesãos proficientes. O artesanato também gera renda extra e o prazer de presentear com peças feitas à mão. Eles se dedicam muito, alguns participam de três a quatro aulas por dia. O programa combate o isolamento e a discriminação que muitos idosos sofrem, inclusive dentro das próprias famílias. Aqui, eles encontram atenção, cuidado e um espaço onde podem repetir suas histórias sem serem julgados”, conta Solange, que também é idosa e destaca a conexão profunda que cria com os participantes.
Entre as alunas que contribuíram para a produção das peças está Celina Querubim, que há quase nove anos frequenta as atividades da unidade. "Eu me sinto muito bem aqui e gosto do que faço. Às vezes me atrapalho no começo, mas depois me acostumo e tudo sai certinho. O artesanato me motiva e me alegra. Gosto das minhas amigas, do professor, de todo mundo. Meu lugar é aqui. Entro e já fico feliz”, afirma Celina, que diz levar essa alegria também para sua vida e viagens, outra paixão que gosta de compartilhar.