Mogi monitora seis casos de meningite e reforça ações preventivas 

Secretaria de Saúde e Bem-Estar

A Secretaria Municipal de Saúde e Bem-Estar, por meio da Vigilância Epidemiológica, está monitorando seis notificações de meningite registradas nos últimos dias na cidade, sendo dois casos confirmados (1 infecção bacteriana e 1 viral) e quatro em análise. Todos os pacientes são de Mogi das Cruzes e estão estáveis, em bom estado de saúde e sem sinais de gravidade. Cinco deles foram notificados pela rede pública e um pela particular.

Duas crianças são da mesma creche: uma com exame confirmado para enterovírus, que já recebeu alta hospitalar, e outra que está internada aguardando resultado laboratorial. Outros quatro casos foram evidenciados nesta quinta-feira (26/09) pela Vigilância Epidemiológica Municipal, sendo uma paciente de 56 anos com confirmação de infecção bacteriana e outras três crianças que esperam análise dos exames realizados. Embora o resultado diferencial seja necessário, todos já iniciaram imediatamente o tratamento, em hospitais públicos e privados da cidade.

A Vigilância Epidemiológica realiza profilaxia e monitoramento dos casos, com orientações a familiares e equipes de saúde envolvidas, reforço das medidas preventivas nas escolas durante a investigação epidemiológica. A recomendação para as pessoas que tiveram contato com os pacientes é observar o estado de saúde por 10 dias e, em caso de sintomas como febre, dor de cabeça ou vômitos, procurar atendimento médico.

A secretária municipal de Saúde, Rebeca Barufi, destaca que a Secretaria Municipal de Saúde e Bem-Estar segue acompanhando a situação e destaca a importância da imunização. “A atualização da caderneta de vacinação, especialmente com as doses disponíveis contra meningite, é fundamental para a proteção de crianças e adolescentes”, alerta.

Mogi das Cruzes registra 79% de cobertura vacinal do imunizante contra meningite C, entre as crianças menores de 1 anos de idade, com 93% no reforço. O esquema vacinal contra a meningite para crianças inclui a vacina pneumocócica 10-valente, que é aplicada aos 2 e 4 meses, e a vacina meningocócica C, com doses aos 3 e 5 meses e reforço aos 12 meses. A partir deste ano, a vacina meningocócica ACWY é usada como dose de reforço aos 12 meses, substituindo a C e oferecendo proteção ampliada contra os sorogrupos A, C, W e Y.
 
As vacinas estão disponíveis de segunda a sexta-feira, em todas as Unidades Básicas de Saúde e da Estratégia Saúde da Família, das 8h às 16h30, e nas sete unidades com horário estendido (Alto Ipiranga, Braz Cubas, Jundiapeba, Vila Suíssa, Santa Tereza, Jardim Camila, ESF Nova Jundiapeba), até as 18h. Os endereços podem ser consultados no site da Prefeitura Municipal (www.mogidascruzes.sp.gov.br).

O secretário adjunto de Saúde, Luiz Bot, completa que, apesar de se tratarem de casos isolados, a Secretaria manterá boletins epidemiológicos diários. “Em setembro do ano passado, foram registradas 4 notificações de meningite contra 6 no mesmo período de 2025. Não há surto da doença na cidade neste momento, mas é importante manter medidas preventivas, como higienização rigorosa dos ambientes e objetos de uso coletivo, lavagem frequente das mãos, uso de álcool em gel e manutenção de ambientes bem ventilados”, orienta.

Sobre a doença

 A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, mas também pode ter origem não infecciosa, como em casos de câncer (com metástase nas meninges), lúpus, reações a medicamentos, traumatismos cranianos ou cirurgias cerebrais. As meningites bacterianas são mais frequentes no outono e inverno, enquanto as virais predominam na primavera e no verão.