Secretaria de Saúde e Bem-Estar
Em até quatro meses, a Prefeitura de Mogi das Cruzes, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e Bem-Estar, atenderá toda a demanda reprimida de pacientes com diabetes mellitus insulinodependentes que necessitam de automonitoramento da glicemia. Ao todo, 1,8 mil pacientes que aguardavam atendimento nos últimos anos estão sendo contemplados pelo programa Controle em Casa, que garante o acompanhamento e a entrega de insumos para o controle adequado da doença.
Para a atual ação, anunciada no Dia Mundial da Diabetes, nesta sexta-feira (14/11), o município adquiriu 1,9 mil glicosímetros - aparelhos utilizados para medir o nível de glicose no sangue - que estão sendo entregues aos pacientes inscritos no programa. São atendidas 35 pessoas por dia, contatadas pela equipe do SIS 160, para o agendamento das consultas.
Os atendimentos acontecem no Pró-Hiper, dentro do programa Hiper Dia, que realiza o acompanhamento de pacientes com hipertensão e diabetes. No mesmo dia da consulta médica, o paciente é encaminhado à equipe do programa Controle em Casa, onde recebe o aparelho e as fitas reagentes necessárias para o monitoramento diário da glicemia.
No dia da consulta, o paciente deve apresentar receita médica com prescrição de insulina, documento de identidade com foto e comprovante de endereço.
Por meio do programa Controle em Casa, o município também realiza a entrega regular de fitas reagentes e lancetas aos pacientes insulinodependentes, garantindo continuidade no tratamento e segurança no controle da glicemia. Para participar, é necessário que o paciente esteja cadastrado no programa Hiper Dia, cadastro que pode ser feito em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) do município.
A secretária municipal de Saúde e Bem-Estar, Rebeca Barufi, destaca a importância do programa para o cuidado com os pacientes. “Estamos garantindo que os insulinodependentes de Mogi das Cruzes recebam o atendimento e os insumos necessários para controlar sua glicemia com segurança e qualidade. Essa é uma ação de cuidado contínuo e humanizado”, afirma.
Diabetes
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) define diabetes como uma síndrome metabólica crônica caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) devido a defeitos na secreção e/ou ação da insulina. Isso pode ocorrer devido à produção insuficiente de insulina, resistência à sua ação ou uma combinação de ambos.
O diabetes tipo 1 pode surgir logo no início da vida ou se manifestar até o início da fase adulta e a sua principal característica é a total incapacidade do pâncreas em produzir a insulina, o que torna o paciente dependente, necessitando tomar insulina todos os dias. O tipo 2 ocorre normalmente na idade adulta e, na maioria das vezes, o pâncreas ainda mantém uma capacidade, embora reduzida, de produzir a insulina.
Quando a doença se instala no organismo, as pessoas podem apresentar sintomas como perda ou aumento de peso, fadiga, sede e fome exagerada, vontade de urinar com frequência, desânimo, câimbras, tremores, visão embaçada e dificuldade de cicatrização. Se a doença não é diagnosticada, tratada e controlada, podem ocorrer sérias complicações, como perda da função renal, perda da visão, amputações e problemas cardiovasculares.