Novas Famílias Acolhedoras são habilitadas e recebem certificado da prefeita Mara Bertaiolli

Secretaria de Assistência Social

04 de dezembro de 2025
Prefeita Mara Bertaiolli e equipe da Assistência Social certificaram nesta quarta-feira mais 6 Famílias Acolhedoras que foram habilitadas pelo Serviço (Divulgação/ PMMC)

A Secretaria Municipal de Assistência Social promoveu, no final da tarde desta quarta-feira (03/12), cerimônia de entrega de certificados para seis novas famílias acolhedoras. Todas elas foram aprovadas no processo de habilitação do Serviço Família Acolhedora, portanto estão aptas a acolher temporariamente em seus lares crianças e adolescentes afastados de suas famílias de origem por medida de proteção.

Com isso, passam a ser 17 as famílias acolhedoras habilitadas e ativas na cidade. Isso é quase o triplo das seis que foram identificadas no início deste ano. Para chegar a este número, a Secretaria Municipal de Assistência Social desenvolveu um projeto de reformulação e aprimoramento do Serviço, tendo a ampliação do número de famílias como uma prioridade da atual gestão. 

A prefeita Mara Bertaiolli, que é embaixadora do Família Acolhedora, parabenizou as novas famílias e falou sobre o significado e a importância do Serviço. “Eu sou apaixonada por esse programa, porque ele nos permite modificar a vida das pessoas. Não há nada mais poderoso do que o amor e o ato de estender as mãos a quem precisa. Vou trabalhar todos os dias para que mais e mais famílias se sintam seguras para entrar para o programa e compreendam que fazer parte disso é transformador”, destacou. 

Foram entregues no total sete certificados, para seis famílias - uma delas é um casal. Atualmente, pelo Serviço, há dez crianças acolhidas. Já durante o ano de 2025, foram 22 que já tiveram lares temporários por meio do Família Acolhedora. Isso representa 30% do total de acolhimentos já feitos pelo Serviço desde que ele teve início, no ano de 2018. Ao todo, foram 66 acolhimentos ao longo dos últimos sete anos. 

“Hoje é dia de encher o coração de alegria e orgulho. Só conseguimos os resultados que conseguimos porque  a prefeita nos apoiou desde o início, pois ela acredita verdadeiramente no programa. O Família Acolhedora nos permite transformar vidas e contribuir para a formação de adultos melhores. Agradeço a todos que já são famílias acolhedoras e também àquelas que acabam de se habilitar”, destacou a secretária municipal de Assistência Social, Daniela Mariano. 

Intitulado “Cuidar e Transformar”, o projeto de ampliação do Família Acolhedora consistiu no estudo e aprimoramento dos fluxos de trabalho, ampliação de divulgação do serviço, facilitação no acesso ao link de inscrição, reformulação do material de divulgação, implantação de um cronograma continuado de reuniões, entre outras medidas. 

A cerimônia de entrega de certificados contou também com depoimentos de famílias acolhedoras, tanto as recém-habilitadas como as mais antigas. Uma delas é Rebecca Aparecida Muniz, que participa do programa desde o seu início, em 2018, e já está em seu quinto acolhimento. “Cada criança que chega é uma história diferente e temos que estar prontos para trabalhar da melhor forma possível o contexto de medo e marcas que carregam. Temos que lembrar que estamos ali para oferecer uma vivência que, naquele momento pelo menos, a criança não consegue ter dentro de sua própria família de origem, então é uma responsabilidade muito grande, mas um enorme prazer e aprendizado”.

A diretora de Proteção Social Especial, Adelene Carvalho Coairy, fez questão de enfatizar que a equipe técnica do Serviço está sempre à disposição das famílias, para ajudá-las ao longo do processo. Já a gerente do Serviço, Mirian Soares Rocha, falou sobre o ciclo de capacitação, que conta com seis encontros, ao longo dos quais são abordados temas como marco legal do acolhimento institucional, manejo de vulnerabilidade e também os princípios do apego e desapego. 

A técnica do processo de capacitação, Ana Beatriz de Oliveira Lima, também falou sobre a experiência de capacitar as novas famílias habilitadas. “As pessoas acham que nós temos muito a ensinar para vocês, mas a verdade é que nós aprendemos muito com cada um de vocês. O Família Acolhedora é daqueles serviços que nos fazem enxergar a grandiosidade do ser humano. Foi um grande prazer estar com vocês todos os dias”, ressaltou. 

O objetivo do Família Acolhedora é garantir a crianças e adolescentes afastados de suas famílias de origem uma forma de acolhimento que respeite sua individualidade e assegura o direito à convivência em um ambiente familiar e comunitário. A proposta é ofertar um cuidado individualizado e melhores condições de desenvolvimento a crianças e jovens, ao mesmo tempo em que serve como alternativa ao acolhimento institucional.

O Serviço conta com a participação voluntária de famílias da comunidade que tenham interesse em acolher – temporariamente – em suas residências crianças e/ou adolescentes sob medida de proteção. Gerido pela Secretaria de Assistência Social, ele é responsável por selecionar, capacitar, habilitar e acompanhar as famílias acolhedoras de Mogi das Cruzes, que apresentem condições de contribuir para o desenvolvimento de seus (as) acolhidos (as).

A equipe do Serviço também executa o acompanhamento sistemático das crianças e adolescentes e suas famílias de origem, até que seja possível o retorno a estas ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento para família substituta (adotiva). 

As famílias interessadas em aderir ao programa devem acessar a ficha de inscrição, disponível no site da Prefeitura. Os requisitos para participar são residir em Mogi das Cruzes por no mínimo um ano, ter 21 anos ou mais, não estar no Cadastro Nacional de Adoção, não ter antecedentes criminais, comprometimento psiquiátrico ou dependência química e ter disponibilidade e tempo para os cuidados com a criança ou adolscente, bem como para o acompanhamento obrigatório oferecido pela equipe do Serviço.

Também participaram da cerimônia de entrega de certificados a diretora de Proteção Social Especial, Adelene Carvalho Choairy. O serviço Família Acolhedora integra a Proteção Social Especial do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e se destina a crianças e adolescentes que enfrentam situações de violação de direitos, como situação de rua, abandono, trabalho infantil e também diversas formas de violência (doméstica, trabalho escravo, tráfico de pessoas).

O link para a inscrição de novas Famílias Acolhedoras fica aberto de forma permanente no site da Prefeitura.