Obras do Museu Virtual da Educação no Casarão da Coronel Souza Franco são iniciadas

Secretaria de Educação

16 de setembro de 2016

O prefeito Marco Bertaiolli assinou, na manhã desta sexta-feira (16/09), a ordem de serviço para o início das obras de restauração, conservação, reforma e construção de um anexo no casarão neoclássico de 1920, localizado na rua Coronel Souza Franco, 917. O local abrigará um centro de educação patrimonial dotado de recursos tecnológicos de última geração, que recebeu o título de Museu Virtual da Educação - MUVE e também será receberá a nova sede do Arquivo Histórico Municipal Professor Isaac Grinberg, servindo de apoio documental para pesquisas, com documentos escritos e iconográficos digitalizados. "Este trabalho é resultado da inteligência de trabalho que temos empregado na administração municipal com um a integração entre as secretarias de Educação, Cultura e Obras. Esta é uma das obras mais importantes, o centro vai resgatar e perenizar a história de Mogi das Cruzes. A história dos 456 de nossa cidade será contada de uma maneira atual e como muita interatividade São equipamentos modernos que despertarão a curiosidade e interesse das crianças e jovens em vir ao museu aprender de forma lúdica a história de nossa cidade", disse o prefeito. A obra deverá ser entregue em setembro de 2017. O centro terá foco especial nos alunos das redes municipal, estadual e particular, também educadores que poderão fazer ali visitação e treinamento. "O casarão será uma sala de aula para os alunos da cidade que aprenderam de uma forma divertida a história de nossa cidade", disse a secretária municipal de Educação, Maria Aparecida Cervan Vidal. A unidade contará com a atuação a equipe de Orientadores de Informática da Pasta. O projeto foi apresentado pelo secretário de Obras, Claudio Marcelo de Faria Rodrigues. O espaço terá painéis interativos, telas, computadores, holografias e maquetes com acessibilidade para deficientes visuais, auditivos e físicos. A nova sede do Arquivo Histórico, que ficará no anexo, terá no piso inferior: uma sala de digitalização e microfilmagem, administração, sala de higienização e sala para pesquisa. No andar superior ficará a sala para acervo, que conta com cerca de 35 mil documentos e 10,5 mil fotografias antigas. O arquivo será a base de informações do museu. "A primeira partitura encontrada no Brasil foi encontrada em Mogi das Cruzes e está em nosso arquivo. Ou seja, ele faz parte da história do nosso País, não só do município", destacou o secretário de Cultura, Mateus Sartori, que também ressalta que a obra conta com a participação da arquiteta Isabel Galvez, responsável pelo projeto de restauro e conservação do Theatro Municipal de São Paulo, da Igreja Matriz de São Sebastião e do Castelo de D´Ávila. O projeto foi inscrito em uma linha de crédito aberta pelo Fundo de Interesses Difusos, da Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, no valor de R$ 2,2 milhões. Foram inscritos nesta mesma linha de crédito 400 projetos, sendo muitos ligados à área do meio ambiente, à época em que a crise hídrica estava em seu ápice. O convênio com o Governo do Estado foi assinado em abril deste ano e aprovado em julho pela Câmara Municipal. Preservando a história Construído em 1920 pelo então professor João Cardoso de Siqueira Primo, o casarão da Rua Coronel Souza Franco, 917, antiga Rua Municipal, tem estilo neoclássico e apresenta características típicas do século XIX, nobre e simétrica, ostentando arquitetura imponente. É o único exemplar remanescente de casa neoclássica na região central da cidade, tendo, portanto, grande relevância arquitetônica, que embasa a necessidade de preservação. Também tem relevância histórica, pois serviu por muitos anos como moradia e depois como pensão. Abrigou, portanto, inúmeros cidadãos ilustres e anônimos, que integram a memória social e cultural do município. O casarão foi construído com tijolos de barro, tem portas e janelas de madeira em pinho de Riga (madeira nobre e importada, originária do Leste Europeu), vidros trabalhados e assoalho desenhado em madeira. Tem recuos nas laterais, frente e fundo, além de elevação do piso, com porões de ventilação. Ocupa uma área de 511,28 m², sendo 195,97 m² de área construída atualmente. Está em processo de tombamento pelo Comphap e fica no raio de proteção (300 m) a partir das Igrejas do Carmo. O projeto básico elaborado é minucioso, abrangendo desde a organização do canteiro de obras até a limpeza final. Prevê a preservação e recomposição de tudo que for identificado como dotado de valor histórico, o que engloba desde cores e pinturas artísticas do casarão, até portas, janelas, esquadrias, pisos, vidros e revestimentos. Nas fachadas serão recompostos e mantidos os frisos, molduras e ornamentos decorativos. (KCB)