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O livro “Semae 50 Anos”, que conta a história de cinco décadas da autarquia e também do abastecimento de água na cidade desde o século 16, será distribuído a bibliotecas, escolas, autoridades e pessoas que colaboraram com a obra. Lançada no dia 21 de dezembro de 2016, a publicação foi produzida pela Coordenadoria de Comunicação Social após dois anos de pesquisa.
O prefeito Marcus Melo fará a entrega dos exemplares, ao lado do diretor-geral da autarquia, Paulo Beono: “O Semae é um patrimônio de Mogi das Cruzes, construído com o trabalho de milhares de colaboradores e que presta serviços essenciais à população de Mogi das Cruzes”, diz Melo.
Escrito pelos jornalistas Julio Nogueira, Luiz Maritan e Marco Aurélio Sobreiro, o livro é resultado de dezenas de entrevistas e consultas a documentos históricos. São 14 capítulos, num total de 207 páginas ilustradas com fotografias de Ney Sarmento, Guilherme Berti e Julio Nogueira, além de reproduções de imagens do Arquivo Histórico de Mogi das Cruzes e do Arquivo do Semae. O projeto gráfico foi desenvolvido pelo publicitário Jorge Ricardo, que cuidou ainda da diagramação, ao lado do também publicitário Fábio Faria.
O material foi organizado em três partes. A primeira aborda o abastecimento em Mogi das Cruzes antes do Semae, desde o século 16 até a criação da autarquia, e relata curiosidades como a "Aguada da Vila", que fornecia água aos primeiros habitantes da então Vila de Santanna de Mogi Mirim, e ainda o que se acredita ser a primeira ligação de água a uma casa da cidade.
A segunda parte conta como foi a consolidação do Semae em suas primeiras três décadas, cuja ênfase era a captação, tratamento e distribuição de água, desde 1970 ao final dos anos 1990, e como o serviço transformou a vida da população de regiões que hoje estão totalmente inseridas na área urbana (Braz Cubas e Jundiapeba), mas que há cerca de 40 anos recorriam a poços para ter acesso à água.
Por fim, a terceira parte relata a história recente da autarquia e o Projeto Mogi-Sanear, que consolidou o Semae como agência ambiental ao priorizar também o tratamento de esgoto e a consequente e gradativa despoluição do Rio Tietê. Como principais conquistas do período, estão a Estação de Tratamento de Água (ETA) Leste, no Socorro, e Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), em Cezar de Souza.
Criado oficialmente pela Lei Municipal 1.613, de 7 de novembro de 1966, o Semae celebrou os 50 anos de início de atividades em 1º de janeiro de 2017. É que pouco tempo depois da instituição do Semae, a Lei 1.633 (de 28 de dezembro de 1966) complementou a criação do órgão municipal. Em seu artigo primeiro, a legislação considera "o ano de 1967 como o primeiro de efetivo exercício do Serviço Municipal de Águas e Esgotos" e que as atividades realizadas em 1966 "são consideradas, apenas, como necessárias para a sua instalação".
Desafios
O prefeito mogiano, que foi diretor-geral do Semae entre 2011 e 2016, afirma que os desafios da autarquia são cada vez maiores. O crescimento da cidade e o aumento da população trazem, naturalmente, desafios como o avanço na coleta e tratamento de esgoto: “O município realizou, nos últimos anos, grandes investimentos para aumentar os índices e levar saneamento a um número cada vez maior de pessoas. Isso significa mais saúde e mais respeito ao meio ambiente”, observa.
Nos últimos 16 anos, Mogi das Cruzes deu um salto no tratamento de esgoto. De 5% de esgoto tratado no ano 2000, a cidade passou para 71% no final do ano passado. E o índice aumentará com obras que estão em andamento, como, por exemplo, o esgotamento sanitário do Botujuru.
O investimento é de R$ 26 milhões e incluirá parte de Cezar de Souza, num total de 45 quilômetros de redes de esgoto e quatro estações de bombeamento, além de sistemas complementares (linha de recalque e coletores-tronco) que somam mais 13,5 quilômetros. A obra atenderá mais de 30 mil pessoas (no Botujuru e em Cezar) e, com ela, mais de 140 mil litros de esgoto deixarão de ser lançados por hora no Tietê, contribuindo para a despoluição do rio. (Marco Aurélio Sobreiro)