EM Profª Auta Cardoso de Mello promove Mostra Cultural “Mulheres Pretas”

Secretaria de Educação

14 de novembro de 2025
As crianças também pensaram nas profissões que gostariam de seguir no futuro. (Divulgação/PMMC)

A EM Profª Auta Cardoso de Mello, localizada no Jardim Aeroporto III, promoveu nesta sexta-feira (14/11), a 2ª Mostra Cultural “Mulheres Pretas”. Todas as turmas apresentaram seus trabalhos com o objetivo de evidenciar o protagonismo das mulheres negras na história, cultura, ciências, artes e na sociedade em geral. A mostra foi aberta para visitação das famílias e da comunidade escolar. 

“A proposta nasceu da necessidade de realização de práticas pedagógicas antirracistas que valorizem a cultura afro-brasileira e promovam o respeito à diversidade étnico-racial dentro do espaço escolar”, contou a vice-diretora, Simone da Cunha. A escola atende 575 estudantes do Infantil III ao 5º ano do ensino fundamental.

Em cada sala, a cultura afro-brasileira foi representada em livros com autoras e personagens pretas, música e arte, sob diferentes olhares. Foram desenvolvidas diversas atividades, como autoimagem, valorização das pessoas independente da cor, mulheres negras de destaque em diferentes profissões e profissões que os alunos gostariam de seguir no futuro. 

“O projeto trouxe para a escola o fortalecimento de uma identidade positiva aos alunos pretos, além de senso crítico frente às situações do dia-a-dia e o respeito à diversidade étnico-racial. Foram surgindo temas que estavam além do projeto, mas que se manifestaram por conta dele. Foi muito bonito ver toda essa mudança na escola”, contou Simone.

A secretária adjunta da Educação, Maria Aparecida Cervan Vidal, visitou a mostra. “Vimos o resultado do trabalho de uma equipe comprometida, que nos apresentou com alegria o que foi realizado com as crianças. Nossa missão é que todos tenham as mesmas oportunidades e possam realizar seus planos no futuro”, disse. 

O projeto da escola também envolveu servidores e colaboradores. Roselaine Aparecida Silva, Auxiliar de Desenvolvimento da Educação (ADE), conversou com as crianças durante o projeto: “Achei muito importante, porque dizem que o preconceito e o racismo não existem, mas eu acredito que ainda existe. É importante lidar com isso desde pequeno. Eles estavam bem animados em participar“, contou. 

Daniele Rodrigues, funcionária da Demax, também participou das ações. Ela contou sua história de vida e trançou o cabelo das crianças. “Foi maravilhoso, gratificante. A gente se identifica com eles. Fizemos a trança na turma e eu contei a história e o porquê da trança, que eles não conheciam”, disse.

Os trabalhos realizados pelos alunos encantaram as famílias e a comunidade escolar. “Achei lindo os trabalhos de todas as salas e de todas as professoras. Os alunos estão de parabéns. Em cada sala que a gente entra tem algo diferente. Acredito que esse trabalho contribui muito para combater o preconceito auxiliar no desenvolvimento da criança”, disse Ester Correia, mãe da aluna Luana Vitória Correia.