Censo identificará situação e necessidades dos portadores de deficiência

Secretaria de Assistência Social

21 de fevereiro de 2011
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Lançado nesta segunda-feira, o Censo Inclusão distribuirá 17 mil questionários em diversos pontos da cidade, como postos de saúde, escolas públicas e comércios

Nos próximos 60 dias, os portadores de deficiência de Mogi das Cruzes responderão a um questionário de grande importância para o segmento. O "Censo Inclusão - Quem Somos e Quantos Somos" começou a ser realizado nesta segunda-feira (21/02) e definirá um perfil detalhado destes cidadãos. A meta é descobrir, além do número de portadores de deficiência no município, sua situação social, as necessidades de atendimento médico e as políticas públicas que serão adotadas na área.

O lançamento do censo ocorreu em um evento na Secretaria Municipal de Assistência, que contou com a presença do prefeito Marco Bertaiolli, do presidente da Câmara, Mauro Araújo, além de vereadores, autoridades e lideranças ligadas ao segmento. E coube a Bertaiolli o anúncio de uma boa notícia para a área: "Já realizamos a terraplenagem no terreno que será cedido à Associação de Apoio à Criança Deficiente (AACD) e nossa expectativa é de que, no dia 1º de abril, seja lançada a pedra fundamental para a construção da unidade mogiana", disse, ao lado da secretária municipal de Assistência Social, Marinês Piva.

Ela lembrou que a atual Administração Municipal tem implantado uma série de ações e iniciativas em favor dos portadores de deficiência. Uma delas foi a criação da Coordenadoria da Pessoa com Deficiência, que possui uma estrutura inteiramente voltada à defesa dos interesses destes cidadãos. Isso sem falar em ações como a adaptação de toda a frota de ônibus da cidade para cadeirantes e a adoção de um novo padrão de obras públicas, nas quais é assegurada toda a acessibilidade necessária e exigida por lei.

Na prática, o Censo Inclusão distribuirá 17 mil questionários em diversos pontos da cidade, como postos de saúde, escolas públicas, supermercados, universidades, hospitais, além de entidades sociais, terminais de ônibus, nos quatro Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e no Cartório Eleitoral. Cada local terá questionários e uma urna na qual os portadores de deficiência deverão entregar a ficha preenchida. O questionário também pode ser acessado por meio do site da Prefeitura, neste link.

De acordo com a responsável pela Coordenadoria Municipal da Pessoa com Deficiência, Valeriana da Silva Alves, o bom resultado do censo dependerá da divulgação e da conscientização de familiares e amigos. "Muitas vezes o portador de deficiência acaba não sabendo que o censo está acontecendo. Por isso, é importante que esta informação chegue até ele. Só assim teremos um perfil completo e detalhado de quantos somos, além de detalhes sobre as condições e necessidades de cada um", frisou.

O assessor parlamentar da deputada federal Mara Gabrilli, Rafael Publio, compareceu ao evento e destacou a importância do censo: "Com ele, ficará muito mais fácil para a Prefeitura definir as ações que vão beneficiar estes cidadãos", frisou. Já o representante da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, Lincoln Tavares - que representou o secretário Marcos Belizário - , lembrou que a capital paulista também fará um censo do mesmo tipo a partir de abril. "Viemos prestigiar o trabalho da Prefeitura e temos certeza de que é uma ação muito importante, na medida em que saberemos onde estão e como vivem os portadores de deficiência", observou.

Informações

O questionário abordará questões como o tipo de deficiência, o grau de escolaridade, a inserção no mercado de trabalho, renda, vida social, além dos tratamentos e aparelhos utilizados. A Coordenadoria definiu prazo de 60 dias para que as fichas sejam preenchidas. Após este período, os questionários serão tabulados e darão origem a um perfil completo e detalhado sobre a situação destas pessoas.

"Vamos saber em que bairros eles moram, como vivem e que tipo de ação é mais ou menos urgente", diz Valeriana. Ele lembra também que, com base nas informações do Censo, será possível melhorar a empregabilidade dos mogianos portadores de deficiência, com base na Lei nº 8.213/91, a chamada Lei de Cotas do setor. Pela legislação, as empresas com 100 ou mais funcionários têm a obrigação de preencher de 2% a 5% dos seus cargos com portadores de deficiência.

"Quando tivermos este censo em mãos, ficará muito mais fácil identificar os cidadãos que podem se candidatar às vagas. Entendemos que isso trará bons resultados para a questão da empregabilidade", completa Valeriana. (MAS)