Mogi reduz índice de infestação de mosquito, mas combate exige mobilização na cidade

Secretaria de Saúde

07 de março de 2017
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Mogi das Cruzes conseguiu reduzir a concentração de larvas do Aedes aegypti em janeiro deste ano, mas se mantém vulnerável para ocorrências de dengue, chikungunya e outras doenças transmitidas pelo mosquito, por isso a Secretaria Municipal de Saúde pede maior apoio da população ao trabalho já desenvolvido pelos agentes que vistoriam imóveis e possíveis criadouros.O Índice Breteau (IB) baixou de 1,8 em 2016 para 1,1 em 2017, conforme resultado da Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que visitou 7.667 imóveis, dos quais 5.017 efetivamente trabalhados. O índice considerado tolerável pelo Ministério da Saúde é 1.

A abertura do evento foi realizada pelo prefeito Marcus Melo, que ressaltou a importância do envolvimento de toda a cidade no combate ao mosquito. "Mogi das Cruzes mantém um trabalho muito forte de combate ao Aedes aegypti, com um constante monitoramente realizado pelas equipes da Prefeitura e a participação da população. É fundamental que todos contribuam, cuidando de sua casa, do seu quintal", explicou o prefeito, que falou para mais de 300 pessoas, entre brigadistas, representantes de hospitais e pronto atendimentos públicos e privados. No final do evento, os equipamentos médicos receberam uma cópia do Plano de Contingência para Arboviroses.

Na apresentação técnica, o veterinário Jefferson Renan de Araújo Leite, coordenador do Núcleo de Controle e Prevenção de Arboviroses, mostrou que a região que compreende o Distrito de Braz Cubas apresentou menor vulnerabilidade para infestação do Aedes aegypti, com uma redução do Índice Breteau de 2,5 em 2016 para 0,4 em 2017. As áreas do Distrito Sede apresentaram risco médio de vulnerabilidade, com índice de 1,2. Já as áreas dos Distritos de Cezar de Souza e Sabaúna têm indicadores 1,6 e estão entre as mais vulneráveis para a proliferação de doenças causadas pelo mosquito.

A Secretaria Municipal de Saúde já está reforçando a visita dos agentes de controle de vetores às regiões maior vulnerabilidade, com reforço nas ações de bloqueio de larvas e mosquitos e orientação sobre os cuidados, mas pede a colaboração dos munícipes. “A região que compreende o Distrito de Braz Cubas, que já apresentou altas concentrações de mosquito e de casos de dengue, conseguiu reduzir esses números graças a um amplo trabalho realizado em conjunto com população. Precisamos levar ações de conscientização e cuidados permanentes para todos os pontos da nossa cidade”, pontua o secretário municipal de Saúde, Marcello Delascio Cusatis.

Durante as vistorias, a grande maioria das larvas do Aedes aegypti foi encontrada em recipientes móveis, ou seja, objetos ou situações que poderiam ter sido eliminados pelos moradores ou responsáveis pelos imóveis para evitar o acúmulo de água parada. Na sequência vieram os recipientes fixos, como piscinas, e problemas com ralos externos e calhas. “Todos precisam estar atentos porque o Aedes aegypti não tem classe social e está presente em toda a cidade. Dos bairros mais simples aos condomínios de alto padrão, todos devem manter uma rotina de cuidados para eliminar eventuais objetos e situações que possam servir de criadouros”, acrescenta o secretário.

O que é

A Avaliação de Densidade Larvária é uma amostragem que aponta quais regiões do município apresentam maior infestação de larvas do mosquito, possibilitando a definição de estratégias de combate em locais específicos e de maior necessidade. O levantamento é feito duas vezes por ano, sempre nos meses de janeiro e julho, para o planejamento e análise das ações.

Durante a ADL são coletadas amostras em imóveis escolhidos aleatoriamente em todas as regiões da cidade e os resultados obtidos geram o Índice Breteau, um valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nos locais vistoriados e que permite saber em quais regiões da cidade há maior risco de transmissão de doenças. O índice de tranquilidade é 1,0 ou menos (significa que para cada 100 imóveis visitados somente um apresenta larvas do mosquito). Acima desse nível há risco de doenças.

Em casa e nos ambientes de trabalho, a população não pode descuidar. A orientação é para que todos os cidadãos reservem 10 minutos semanais para garantir os seguintes cuidados:

 

  • Caixas d'água vedadas
  • Calhas totalmente limpas e niveladas
  • Galões, tonéis, poços e tambores bem vedados
  • Pneus sem água e em lugares cobertos
  • Garrafas vazias e baldes com a boca para baixo
  • Ralos limpos e com tela
  • Bandejas de ar-condicionado limpas e sem água
  • Bandejas de geladeira sem água
  • Pratos de vaso de planta com areia até a borda
  • Bromélia e outras plantas sem acúmulo de água 
  • Manter fechados os vasos sanitários sem uso
  • Lonas de cobertura esticadas para não formar poças
  • Piscinas e fontes sempre tratadas
  • Descarte de materiais e objetos sem uso
  • Atenção e cuidado redobrado nos canteiros de obras