Prefeito entrega ao Governo do Estado documento contra pedágio na Mogi-Dutra

Gabinete

23 de outubro de 2019
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O prefeito Marcus Melo reafirmou seu posicionamento contrário à implantação de uma praça de pedágio no quilômetro 45 da rodovia Mogi-Dutra. O ofício ao Governo do Estado foi protocolado na tarde desta quarta-feira (23/10) junto à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), em São Paulo, e elenca diversas razões para que o município seja contrário à medida.

O documento reitera o posicionamento do prefeito sobre a questão. Em junho, ele já havia manifestado oficialmente ao Governo do Estado ser contrário à praça de cobrança na rodovia, que é a principal ligação entre Mogi das Cruzes e as rodovias Ayrton Senna e Presidente Dutra.

“A Mogi-Dutra é utilizada diariamente por milhares de mogianos e cidadãos das cidades vizinhas que trabalham ou estudam na Capital ou Vale do Paraíba. Eles seriam penalizados com a cobrança, apesar do desconto por utilização proposto no projeto de Parceria Público-Privada, sendo um ônus demasiadamente pesado para todos. Pior ainda para quem mora nos bairros e loteamentos mais afastados, próximos à divisa com outras cidades que, absurdamente, teriam que pagar pedágio para vir ao centro da cidade”, destacou Marcus Melo no documento protocolado.

O prefeito lembra que o trecho da rodovia Mogi-Dutra entre a cidade e a rodovia Ayrton Senna já possui estrutura consolidada, tendo tido a sua duplicação entregue em 2005. “Assim, a nosso ver, não existe justificativa técnica para a implantação de uma praça de pedágio na rodovia”, pontua.

O documento protocolado pontua ainda que a medida poderia trazer prejuízos econômicos para a cidade, uma vez que a rodovia é utilizada pelas indústrias da região para receber matéria-prima e para o escoamento de produtos. “É importante considerar ainda que, diariamente, centenas de pequenos produtores rurais utilizam a rodovia Mogi-Dutra para levar hortaliças, verduras e frutas para abastecer o Ceagesp e, assim, boa parte do Estado de São Paulo. A cobrança, então, representaria um aumento nos custos, o que pode ter reflexos no valor final dos produtos aos consumidores, inclusive paulistanos”, argumentou.

Sobre a rodovia Mogi-Bertioga, o prefeito lembra que a estrada foi construída nas décadas de 1970 e 1980, com recursos municipais. Com o tempo, ela se transformou em uma importante ligação da Região Metropolitana de São Paulo com o Litoral e atualmente se encontra saturada, principalmente pelo tráfego vindo da Zona Leste de São Paulo, e apresentando sérios problemas de fluidez aos finais de semana e feriados, além de questões estruturais, como deslizamentos.

“Entendo que as melhorias que a estrada necessita só serão possíveis de serem executadas com a participação da iniciativa privada. Mas, isso não pode penalizar Mogi das Cruzes e as cidades vizinhas com um pedágio na Mogi-Dutra. Seria contraditório exigir que os mogianos paguem esta conta, enquanto quem mora na Zona Leste, que utiliza e congestiona as nossas vias para chegar a Mogi-Bertioga,  fique isento da tarifa. Não é justo que os mogianos e os moradores do Alto Tietê sejam onerados pelas obras na Mogi-Bertioga, que foi construída com o suor dos mogianos”, afirma o documento.