Condemat inaugura mais dois equipamentos da Assistência Social em Mogi das Cruzes

Secretaria de Assistência Social

A cidade recebeu na tarde desta segunda-feira mais duas unidades de acolhimento institucional

26 de março de 2024
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Mogi das Cruzes recebeu, na tarde desta segunda-feira (25/03), duas novas unidades de acolhimento institucional, sendo uma voltada para pessoas com deficiência e outra para mulheres vítimas de violência. As inaugurações são uma iniciativa do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), portanto são unidades regionalizadas, cujas inauurações contaram com a presença do secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Gilberto Nascimento, esteve presente na entrega. 

O Serviço de Acolhimento Institucional para Mulheres Vítimas de Violência - Casa Abrigo, inaugurada de maneira simbólica no mês dedicado às mulheres, opera em local sigiloso para garantir a segurança das atendidas. A unidade tem 20 vagas para atender as acolhidas e os filhos menores de idade das cidades de Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Poá. O serviço está sob a gestão da Organização da Sociedade Civil (OSC) Recomeçar.

Já a Residência Inclusiva regional conta com 10 vagas para atender as pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social dos municípios de Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Mogi das Cruzes, Poá e Santa Isabel. O serviço está instalado em Mogi das Cruzes e tem a gestão da OSC Luz Divina.

O presidente do consórcio, Vanderlon Gomes, reforçou a importância dos investimentos. “A Assistência Social é um dos pilares do CONDEMAT+. Nos últimos anos, temos avançado e aprimorado os cuidados para a população da área do consórcio que ultrapassa os três milhões de habitantes. A articulação intermunicipal garante um atendimento de qualidade, de referência e com a redução de custos aos municípios. Nesta conta, o Governo do Estado exerce uma importante função, por meio dessas parcerias conseguimos levar qualidade de vida para quem mais precisa”, destacou.

A Residência Inclusiva conta com co-financiamento do Governo do Estado. Ao todo, foram investidos R$ 848 mil, valor para a implantação e manutenção anual da residência, divididos entre os municípios e a Secretaria de Estado de Assistência Social. “Com a abertura desta Residência Inclusiva, temos 1.190 vagas no Estado atendendo as pessoas que têm essa necessidade. A sociedade não enxerga esse recorte, por isso é importante discutir o tema. Agora, também as mulheres vítimas de violência podem e terão vagas, tanto para elas quanto para os filhos, no serviço de acolhimento. Essa será a casa número 61 de São Paulo”, ressaltou o secretário de Estado, Gilberto Nascimento.

Na Casa Abrigo, o aporte foi de mais de R$ 1 milhão para sua implantação e custeio anual, valor repartido entre as cidades e o Governo do Estado. “Priorizamos muito a questão da Assistência Social, principalmente por causa do pós-pandemia, onde os diversos índices de violência e abandono aumentaram consideravelmente, temos feito frente a essas situações”, apontou Caio Cunha, prefeito de Mogi das Cruzes.

A prefeita de Ferraz de Vasconcelos, Priscila Gambale, analisou que os dois equipamentos proporcionam mais segurança e abrigo para a população da região. “Toda essa articulação com o Governo do Estado é muito importante e fortalece nossas cidades”, disse.

A unidade de Residência Inclusiva é pensada para o acolhimento de pessoas com deficiência intelectual e cognitiva leve ou moderada que estão em situação de vulnerabilidade social. São atendidas pessoas com os vínculos familiares fragilizados ou rompidos. Os encaminhamentos são feitos por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e os primeiros moradores do novo serviço começam a ser atendidos ainda nesta semana, sendo possível o ingresso com o mínimo de 18 anos e a permanência até os 59 anos.

Já na Casa Abrigo, as mulheres podem ficar por um período de 180 dias no serviço, onde recebem atendimento psicológico, social e jurídico. Após a saída da unidade, a mulher é acompanhada pelo mesmo intervalo, garantindo que tenha acesso a trabalho, inclusão em programas sociais e geração de renda, promovendo o resgate da sua autonomia.

De acordo com a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Mogi das Cruzes e Suzano, Silmara Marcelino, a Casa Abrigo tem papel fundamental na proteção das mulheres. “Ao lado do trabalho de segurança pública tem que ter a Assistência Social. As vítimas têm dificuldade de ir até a delegacia para denunciar o agressor e muito tem a ver com o depois. O que vai acontecer? Por isso, a importância de existir essa união para dar outras ferramentas para a vítima seguir a vida, e o abrigo é uma delas”, concluiu.

No último mês, a região também passou a contar com a República para Jovens, instalada em Arujá, com a parceria do Governo do Estado e os municípios de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Poá, Santa Isabel e Suzano.

Ao todo, o investimento nos três equipamentos da Assistência Social no Alto Tietê soma mais de R$ 2,5 milhões para o primeiro ano de funcionamento.