Família Acolhedora de Mogi das Cruzes é apresentada como referência para oito municípios do Alto Tietê
Secretaria de Assistência Social
DRADS articulou e realizou o encontro em Mogi, única cidade da região com o serviço implantado e em execução




A Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio do Serviço Família Acolhedora, recebeu nesta quinta-feira (25/09) um encontro regional articulado pela DRADS - Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social - que contou com a presença de equipes técnicas de oito municípios do Alto Tietê, para apresentar a eles o modelo em operação na cidade. Mogi das Cruzes é o único município da região que possui o serviço implantado e em execução.
“Foi um momento de muita troca de experiências, aprendizado e, principalmente, compartilhamento da experiência do serviço de Mogi como contribuição, para que outras cidades interessadas também consigam implantar. Foi também um importante reconhecimento de um serviço que é desafiador, porém que temos conseguido com muito trabalho desenvolver e ampliar”, destacou a secretária municipal de Assistência Social, Daniela Mariano.
Para contextualizar o serviço em operação na cidade, as equipes da Secretaria Municipal de Assistência apresentaram toda a linha histórica de implantação do Família Acolhedora em Mogi das Cruzes, desde a identificação do número de crianças e adolescentes em serviços de acolhimento institucional que poderiam ser migradas para este novo modelo, até o recente trabalho de reformulação e aprimoramento, para ampliar o número de famílias acolhedoras habilitadas e, assim, o total de crianças e adolescente acolhidos.
O diagnóstico inicial foi traçado em julho de 2018, dois meses antes do lançamento oficial do serviço. À época, foram identificadas 130 crianças e adolescentes em acolhimento, que poderiam ser atendidas pelo Família Acolhedora. Já a lei que instituiu o serviço na cidade veio em maio de 2019. Ao longo desse mesmo ano, com reforço na divulgação, chegou-se a um grupo de 18 famílias interessadas e, em maio de 2020, foi realizado o primeiro acolhimento efetivo.
No primeiro quadrimestre deste ano, a Secretaria estipulou como prioridade ampliar o serviço. Segundo levantamento do mês de março, havia à época seis famílias habilitadas e ativas, sete novas em processo de avaliação e cinco acolhidos no total. Por isso, foi lançado em abril o projeto “Cuidar e Transformar”, que consistiu no estudo e aprimoramento dos fluxos de trabalho, ampliação de divulgação do serviço, facilitação no acesso ao link de inscrição, reformulação do material de divulgação, implantação de um cronograma continuado de reuniões, entre outras medidas.
Em julho deste ano, a Secretaria realizou a entrega de certificados a seis novas famílias acolhedoras. E agora, no mês de setembro, são dez famílias habilitadas e ativas, 13 novas famílias em processo de avaliação, seis crianças atualmente acolhidas e três em acompanhamento pós-acolhimento. Ao longo de 2025 como um todo, já foram 16 crianças acolhidas.
No total, desde 2020, já foram 63 crianças acolhidas pelo serviço e 26 famílias acolhedoras de um total de 268 que se inscreveram. O tempo máximo de acolhimento foi de dois anos e um mês, a criança acolhida com menos idade tinha apenas três dias de vida e a mais velha, 13 anos.
O diagnóstico também mostrou os principais canais de disseminação de informações a respeito do serviço entre as famílias interessadas. Conforme declarações das próprias famílias, as principais formas de acesso são outra família acolhedora, televisão, redes sociais, internet, site da Prefeitura, jornal, amigos, interesse pessoal, local de trabalho, cartaz, entre outros meios.
O destaque final para a apresentação do Serviço Família Acolhedora em Mogi das Cruzes foi a apresentação das boas práticas que permitiram sua evolução, desde o diagnóstico inicial, até a elaboração de um calendário fixo de capacitação, o processo de revisão do percurso de habilitação, a prática da comunicação ativa, associada a um material acessível, a atuação de uma equipe multidisciplinar e o mapeamento dos dados, por meio de planilhas dos acolhidos, das famílias acolhedoras, bem como dos habilitados e inscritos.
Além da equipe de Mogi das Cruzes, estavam presentes no evento técnicos da Assistência Social dos municípios de Arujá, Biritiba Mirim, Guararema, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. Pela DRADS, compareceu o diretor regional, José Rezende Filho, além de Viviane Fátima de Lima e Juliana Oliveira. Também estiveram presentes Luciana Ribeiro e Neto Figueiredo, técnicos do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Estado de São Paulo.
Serviço
O Família Acolhedora é um Serviço de Acolhimento Familiar Provisório destinado a crianças e adolescentes que, por medida de proteção, precisam ser temporariamente afastados do convívio com sua família de origem. O principal objetivo do serviço é garantir a essas crianças e adolescentes uma forma de acolhimento que respeite sua individualidade e assegure o direito à convivência em um ambiente familiar e comunitário.
Os requisitos para participar são residir no município de Mogi das Cruzes por no mínimo um ano, ter 21 anos ou mais, não estar no Cadastro Nacional de Adoção, não ter antecedentes criminais, comprometimento psiquiátrico ou dependência química e ter disponibilidade de tempo para os cuidados com a criança ou adolescente e para o acompanhamento obrigatório ofertado pela equipe do Serviço.
A ficha de inscrição fica permanentemente disponível no site da Prefeitura de Mogi das Cruzes, por este link.

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