Saúde orienta sobre vacinação antirrábica e alerta para riscos da raiva humana

Secretaria de Saúde e Bem-Estar

Imunização dos animais domésticos anualmente é uma das principais estratégias de prevenção

22 de dezembro de 2025
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A Secretaria Municipal de Saúde e Bem-Estar reforça a importância da vacinação antirrábica de cães e gatos e orienta a população sobre os riscos da raiva humana. A doença infecciosa grave é causada por um vírus presente na saliva de mamíferos infectados e pode ser transmitida por mordidas, arranhaduras ou contato da saliva com a pele não íntegra, como feridas, cortes ou lesões. A imunização dos animais domésticos anualmente é uma das principais estratégias de prevenção. 

Cães, gatos, bois, cavalos, porcos, cabritos, morcegos, macacos, saguis, capivaras e gambás, entre outros podem transmitir a raiva a seres humanos. Já roedores urbanos, como rato de esgoto, rato de telhado e coelhos são considerados de baixíssimo risco de transmissão e os acidentes com esses animais não têm indicação de tratamento antirrábico.

Quando uma pessoa sofre mordida, arranhadura ou lambedura em pele não íntegra causada por mamífero, medidas devem ser adotadas imediatamente, como lavar o local da agressão com água corrente e sabão, de forma abundante; procurar atendimento de saúde o mais rápido possível em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidade de Saúde da Família (USF) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA); informar ao profissional de saúde se já recebeu vacina contra a raiva anteriormente ou se é profissional que atua com animais e realizou esquema de pré-exposição (levar comprovante, se houver); apresentar caderneta de vacinação para verificação da vacina contra o tétano; e fornecer informações detalhadas sobre o acidente e o animal agressor.

Nos casos envolvendo cães, muitas pessoas têm receio de informar corretamente sobre o animal, mas estes dados são fundamentais para avaliação adequada e não oferecem risco ao animal. Mesmo quando há acionamento da equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), o objetivo é orientar, acompanhar e observar o animal - não há recolhimento ou sacrifício apenas em razão da agressão.

Cães e gatos
Em casos de acidentes com cães e gatos, a orientação é procurar, preferencialmente, a UBS ou USF mais próxima da residência. O animal não deve ser morto, mesmo em situações graves, e precisa ser observado por 10 dias. Caso seja um animal de rua, mas que frequente a região, ou de residência desconhecida, é importante informar endereço e características para que a equipe de Zoonoses possa localizá-lo, se necessário.

Animais de produção e silvestres
Em acidentes causados por animais de produção (bois, cavalos, porcos, cabritos) ou por silvestres (morcegos, macacos, saguis, gambás, capivaras), o atendimento inicial pode ser feito em qualquer unidade de saúde. Sempre que possível, deve-se procurar diretamente a UPA Rodeio.
Mesmo quando os animais são criados em ambiente domiciliar, é necessária profilaxia com vacina antirrábica e, em algumas situações, também com soro antirrábico. 
Quando indicada, a vacinação antirrábica é composta por quatro doses, e é essencial que todo o esquema seja completado para garantir proteção adequada.

Morcegos
O diretor da Vigilância em Saúde, veterinário Jefferson Leite, acrescenta que a orientação de vacinação antirrábica relacionada aos morcegos refere-se à imunização de cães e gatos e que, em caso de contato ou suspeita de contato de animais domésticos com morcegos ou outros silvestres, deve-se procurar o CCZ ou médico-veterinário particular. “É fundamental não tocar em animais silvestres feridos ou doentes e não alimentá-los em parques e áreas periurbanas”, aponta.

Sintomas da raiva humana
O período de incubação da raiva pode variar de alguns dias a vários meses, raramente ultrapassando um ano. Os sintomas iniciais incluem febre, mal-estar geral, dor de cabeça, cansaço intenso e ansiedade. A doença evolui rapidamente para quadros graves, como confusão mental, agitação intensa, dificuldade para engolir, salivação excessiva, espasmos musculares, medo de água (hidrofobia) ou de ar (aerofobia) e convulsões.

Mais informações pelos telefones (11) 4798-6785 ou 4798-6917, do CCZ.